segunda-feira, 7 de junho de 2010

GgGgGgGgGgGgGgGg; Aquela letra; GgGgGgGgGgGgGg; Aquela letra




CRÓNICA DO DIA

GgGgGgGgGgGgGgGgGgGgGgGgGgGgG

Foi hoje (há uns dias) notícia, em alguns jornais televisivos, uma, (notícia, claro) ou poderia chamar-lhe nota noticiosa, ou apontamento noticioso, que me deixou perplexo, suspenso, banzado ou, burro como se diz na gíria, pelo à-vontade, pela ligeireza no sentido da facilidade com que hoje se fala ou se transmitem notícias de assuntos que deveriam de ser recatados, mas, antes, em público, em jornais, em telejornais e, às vezes em mesas redondas. Assuntos esses que ainda ontem eram rigorosamente condenados por todas as instituições públicas, oficiais, oficiosas, religiosas, como nas escolas, nas universidades, ou nas instituições privadas e, claro, muito menos em nossas casas, onde, logo estaria o pai, que era o super censor a passar uma advertência, uma repreensão tamanha. O mais agravante é que, esta (notícia, claro) entrou-nos pela casa adentro em pleno horário infantil, eram 17,h e 40 m , tendo eu a sorte de não ter comigo o neto, hoje, de contrário teria que lhe explicar que foi encontrada mais uma letra no abecedário, que, ele até já a conhece há muito tempo e, eu iria ficar encravado; o que poderá proporcionar é que, qualquer dia irá procurar ao sítio exacto onde se encontra, o que não seria muito conveniente em tempos no imediato. Para mais, a jornalista que fez esta declaração bombástica inicial, de abertura; “ foi encontrado o ponto…”, respeitante a esta anotação, que pretendeu que fosse precisamente uma chamada de atenção e, a equipe editorial, fizeram-na acompanhar com um enxerto de um filme, para adultos, onde unicamente se vislumbrava uma jovem a dizer, repetidamente, yes, yes, yes, yes, yes, yes, yes, yes, yes,yes, yes, yes, e, disse-o tantas vezes que, eu, esta palavra em Inglês já a consegui aprender para não mais a esquecer até aos finas da minha vida, dure cem anos. E, aqui, com este bocado de filme, também não sei o que iria explicar ao neto, porque, ele até já é conhecedor de tal…, palavra em Inglês, claro. Acompanhada de algumas pequenas entrevistas, a variadíssimas, jovens, menos jovens, homens e mulheres que, eram as mais atrevidas nas respostas que logo imediatas davam ao entrevistador quando lhes perguntava “e você já encontrou o ponto?…” Muitos ficavam a engolir em seco e a resposta saía com a garganta arranhada, conforme aquele local fica, provocado pelas unhas dos exploradores que, logo a seguir à peça o foram procurar! Alguns o encontrarão, o local, claro, outros não e, vão chamar eu sei lá o quê à jornalista e a toda a equipe de entrevistadores e também aos entrevistados, que, muito convictamente, afirmativamente responderam; “eu já, eu já encontrei” ; data de aldrabões, dirão outros. Arranhei aquilo tudo e nada encontrei, absolutamente nada. Até porque, foram entrevistadas, logo ali na hora, várias pessoas ligadas à saúde, médicas e técnicas, que, foram contraditórias nas explicações dos resultados das suas explorações! E, nas explicações científicas, claro. Eu fiquei boquiaberto a olhar para a minha mulher, mas…, reagi…, fui logo e imediatamente procurar o tal ponto…, a todos os três computadores que tenho e, também encontrei, nos três! Aqui está: G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G G, que, fica logo ali ao lado do F e do H. Para o meu êxito, em ter encontrado o G, segui aquela técnica, que desenvolveu aquele famoso (não melhor que eu) escritor Jorge Coelho, Brasileiro, que descreve no seu livro “onze minutos” e, que é: “Logo na entrada, subir a escadaria ao primeiro andar, seguir até ao fundo do corredor e bater na porta dos fundos”. Foi preciso escrever um livro para explicar esta preciosíssima descoberta, (!) que, eu em casa todos os dias pratico, sem excepção, para ir para a minha escrita destas crónicas diárias; é que, tenho precisamente os computadores no primeiro andar, na sala dos fundos e, o início da escadaria também é um pouco após a entrada. Somente a diferença é que, eu não bato para entrar! Mas, quem sabe sabe e, estes escritores ganham milhões com estas escritas baratas, (apesar de Jorge Coelho ser um excelente escritor, que eu muito admiro) enquanto eu, estou para aqui a escrever sem parar, não ganho nenhum, nem um chavo e, nem sequer tenho quem me leia!!! E, para provar que ninguém me lê, quasi ninguém, (que me desculpem aqueles poucos, tão prezados, tão amigos, tão queridos, que já o fizeram e lá exalaram a sua opinião; opiniões todas tão bonitas, tão graciosas, que, são porventura aquelas, que me alegram e me incentivam) vamos depois verificar quantos comentários lá vão ficar registados e, quantos estão em todas as outras crónicas, poemas, registos, que eu já deixei por aqui e noutros locais. Quanto à peça, apresentada àquela hora, em horário de todas as meninas e meninos estarem à volta da televisão, deve ter deixado muitas mães e pais absolutamente atrapalhados, assim como professoras e professores, que, evidentemente terão que, amanhã esclarecer dúvidas existentes nas suas cabecinhas. Depois, vai acontecer como àquela professora, que foi suspensa, que aguarda inquéritos e, que já deve ter sido um milhão de vezes ouvida, que está com uma depressão tamanha provocada pela vergonha que causaram na aldeia e na Vila as notícias escandalosas, manipuladas pelos tais, mesmos, jornalistas, que já foi por várias vezes sujeita a apertos por parte da população, que, estupidamente lhe pretende “chegar” ou que já o fizeram, que diariamente é ameaçada. E, tudo porque pretendeu ensinar aos jovens as dúvidas que alguém lhes meteu na cabeça e, tudo porque “alguém” tem como único fim em vista nas suas vidas, lançar para o ar dúvidas e vergonhosas notícias, para crianças, para depois criarem problemas a professores e a outros. Será que, não existe uma entidade que veja estes programas, que veja estes problemas que, depois provocam, isso sim, um grande problema, como naquele caso da professora?

Majosilveiro